sábado, 19 de novembro de 2011

Afinar o Movimento – Educação do corpo no ensino de instrumentos musicais


Flora Maria Gomide Vezzá
Fisioterapeuta / Ergonomista

<a href="http://www.wordle.net/show/wrdl/4413178/Afinar_o_movimento"
          title="Wordle: Afinar o movimento"><img
          src="http://www.wordle.net/thumb/wrdl/4413178/Afinar_o_movimento"
          alt="Wordle: Afinar o movimento"
          style="padding:4px;border:1px solid #ddd"></a>

Este é um resumo da palestra feita no Simpósio, na qual apresentei a discussão que estou aprofundando no doutorado em Promoção da Saúde, em estágio de conclusão na Faculdade de Saúde Pública da USP.
Para falar de saúde, não quero falar de doenças. Quero falar do movimento, e do aprendizado do movimento para tocar um instrumento, pois a natureza do movimento é tal que, uma vez aprendido e automatizado, é muito difícil fazer modificações ao padrão adquirido. Muitos dos problemas de dor e distúrbios do sistema músculo-esquelético que vejo nos músicos que vão ao meu consultório são provocados por excesso de tensão, seja ao tocar, seja naquilo que acompanha o tocar – chegar aos locais de ensaio, carregar o instrumento, enfrentar pressões de desempenho...
O corpo humano produz movimento como uma orquestra produz música. O movimento é algo aprendido, depende da coordenação de muitos grupos (musculares) diferentes, e pode ser afinado ou desafinado – chamo de desafinado o movimento que provoca dor, que induz sobrecarga e lesões.
O movimento humano é aprendido na interação com o ambiente, através de todas as experiências vividas pelo ser. Por isso, ele carrega em si a marca individual de cada um, unindo o corpo, a mente e os sentimentos em sua expressão no mundo. E o mundo humano é um mundo social; nós nos ajustamos às exigências do grupo social no qual vivemos, do qual fazemos parte, inclusive através do movimento e de como trabalhamos o corpo.
Ao aprendermos um movimento, o nosso cérebro inicia um processo de automatização – os comandos necessários para realizá-lo vão ficando tão organizados que o cérebro quase não precisa pensar neles, o que permite que ele possa se dedicar a outras coisas. Isso tem aspectos positivos e negativos: o movimento automatizado é fácil e rápido, mas também tende ao estereótipo, quer dizer, é repetido com muita precisão, com uma variação mínima. O movimento automatizado é o que se poderia chamar de “melodia cinética”, que é executada como construção única e singular.

O gesto profissional
Aprender um instrumento é adquirir uma linguagem, que tem conhecimentos, signos e movimentos específicos. Trata-se de uma educação do corpo para a aquisição de um gesto altamente estruturado: o corpo é o primeiro instrumento a ser dominado para sua produção. Educar o corpo significa construir um emparelhamento sensório-motor: o som produzido emparelha-se com a sensação da posição e do movimento das partes do corpo, permitindo que o corpo “conheça” não um movimento isolado, mas uma combinação do conjunto que resulta em música.
A participação do professor neste processo é fundamental. Ele exerce dois ofícios: o artesanato[1] da música, em que ele usa de seu corpo para criar arte, e o ofício de professor. Estes dois ofícios são distintos, mas muito próximos – um ensina ao outro.
O professor oferece ao aluno um modelo prestigioso a imitar; ele auxilia o aluno a ativar este instrumento, seu corpo, e tem que encontrar a maneira de traduzir o gesto, a informação e o espírito da música em palavras ou outro tipo de instruções que ajudem o aluno a encontrar o caminho, dentro de si, para o melhor movimento. E qual seria o melhor movimento? Aquele que resulta boa música, no instrumento e no corpo. Aquele cuja prática ajuda o aluno a superar dificuldades específicas, a atingir a maestria técnica e artística com a menor sobrecarga do corpo. Aquele que põe em marcha um processo de constituição do gesto profissional no qual o aluno, de forma consciente e atenta, perceba não só o resultado externo – a música que é ouvida – mas o resultado interno – a música interna tocada por seu corpo.
Os saberes de ofício do professor estão ligados à saúde de seus alunos. É ele quem pode despertar o aluno para aprender com seu próprio corpo, conhecendo e respeitando seus limites. Nas palavras de Yehudi Menuhim,
“O professor de música, ao invés de impor, coloca um processo em movimento . . . o papel do professor é instruir o estudante na arte da auto-correção, ou de analisar e pensar, tomar decisões e a seguir aplicá-las à tarefa que está à sua frente.
“O objetivo final do professor é tornar o aluno independente – torná-lo um mestre ao invés de um aprendiz – o professor precisa ser os dois”.

O tema da prevenção de problemas dolorosos entre os instrumentistas surgiu de meu contato com pacientes músicos, e de um estudo epidemiológico entre músicos de orquestra na região do ABC paulista, onde moro, que me mostraram que dor e distúrbios do movimento são o problema que mais afeta os instrumentistas, desde estudantes. O trabalho dos músicos exige muito do corpo: os instrumentos devem ser tocados em posições que quase não variam, e a busca da “boa música” – a interpretação sem falhas – muitas vezes levam o instrumentista a estudar por períodos muito longos, com pouco descanso. Do ponto de vista profissional também há características que levam à sobrecarga, pois os músicos em geral têm vínculos com vários grupos musicais, o que resulta em um repertório amplo (mais horas de estudo), deslocamentos carregando seu instrumento (esforço físico muitas vezes intenso) e na atuação em espaços de trabalho pouco adequados, em que a iluminação, o mobiliário e os acessórios forçam o músico a adotar posturas ainda mais difíceis e cansativas.


[1] Diz o sítio do Conservatório de Paris que o músico é tanto um artista como um artesão, pois faz arte usando seu corpo para construir o resultado.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Exercícios propostos pela Equipe de Reabilitacão do Sesi V. Leopoldina Dr Andréa Olyntho

Dr Andréa Olyntho
Terapeuta Ocupacional   





 Alongamento Cervical




 Alongamento das Mãos


 Alongamento de Membros Superiores







REABILITAÇÃO SESI V.LEOPOLDINA
Terapeuta Ocupacional: Andréa Olyntho
e-mail: reabilicaoleo@sesisp.org.br

Os Músicos e as suas Posturas

Andréa Olyntho
Reablitação Sesi - Vila Leopoldina

O MÚSICO E SEU CORPO

No Espaço
Como?
Prolongamento do Instrumento
Postura Sentada
Sentado sobre os ísquios
Sentado sobre o cóccix
Postura sentada
Postura semi-sentada
Postura em pé

Posição funcional da mão

•Posição funcional do punho: extensão entre 20° e 35° com desvio ulnar de 10° a 15°;
•Essa posição reduz ao mínimo a ação restritiva dos tendões extensores
longo e permite flexão completa dos dedos.

Posicionamento dos Membros superiores

•Alinhe o tronco.
•Relaxe os ombros.
•Posicione as mãos.
•Apoie os pés.

Cabeça levantada
Ombros Relaxados
Costas eretas e apoiadas
Monitor na altura dos olhos
Mãos alinhadas com o antebraço
Deixe a região poplítea fora do apoio do assento
Material de referência bem posicionado
Pés apoiados, podendo usar um apoio
Olhar para frente

Postura adequada

Exercícios segue em outra página:
Aquecimento,
Alogamentos: cervical, mãos e membros superiores.

• Faça pausa durante o estudo e ensaio
• Carregue o instrumento próximo ao corpo


• Regule cadeira e estante,
• Dê aula de frente para o aluno,
• Não divida partituras,
• Divida o pes,
• Apoei os pés,
• Faça atividade física.

Controle do Stress

REABILITAÇÃO SESI V.LEOPOLDINA
Terapeuta Ocupacional: Andréa Olyntho
e-mail: reabilicaoleo@sesisp.org.br

Medicina de Musicista - Afecções músculo- esqueléticas na prática musical

Dra Yumi Kaneno
• Médica fisiatra
• Mestre em Medicina pela Ortopedia e Traumatologia da Santa Casa de Misericórdia de SP
• Coordenadora de Serviços Médicos do Centro de Reabilitação
do SESI - V.Leopoldina

Medicina esportiva
Medicina de Musicista?
Violinista X Atividade física intensa e repetitiva
dor:condições incapacitantes
Zyporin, 1984; Sternbach, 1993; Bejjani et al., 2002


PREVALÊNCIA DAS LESÕES
•Fishbein at al (1988)
–N = 2122 / 4025
Fishbein at al; Medical Problems among ICSOM Musicians: Overview of a National Survey. 1998; 3:1-8.
82% - problemas de saúde
18% - sem problemas
76% - Comprometimento de desempenho
24% - sem comprometimento

14% - 1 problema
14% - 2 problemas
12% - 3 problemas
36% - 4 problemas

Locais mais acometidos:
Coluna – 70%
MSE – 75% (ombro e mão)

PREVALÊNCIA DA DOR NOS MÚSICOS (ESTUDO NACIONAL)
•Kaneko & Lianza, 2004
–240 músicos de Orquestras Sinfônicas de São Paulo
DOR - 65%
•Média VAS = 43 ± 19 mm (• DOR MODERADA)
•Média de tempo de evolução = 4,2 anos
•Média de duração das práticas diárias = 6,8 ± 2,1 horas
(supera a média internacional)
Média de 2 empregos

PREVALÊNCIA DA DOR NOS MÚSICOS (ESTUDO NACIONAL)

Predomínio de instrumentos de cordas

Segmentos anatômicos acometidos
Média = 3,13 ± 1,9 segmentos

QUE TIPO DE PROBLEMAS ACOMETEM OS MÚSICOS??

•Afecções Musculoesqueléticas
–Síndrome do Uso Excessivo
–Síndromes Miofaciais
–Hipermobilidade articular
–Afecções de articulações temporo-mandibulares
–Alterações adaptativas ao instrumento
–Osteoartrose


•Afecções Neurológicas
–Neuropatias compressivas
–Distonia motora focal

QUE TIPO DE PROBLEMAS ACOMETEM OS MÚSICOS??

•Afecções de origem psicológica
–Tremor do palco

IDADE DE INICIAÇÃO MUSICAL

•Alterações por adaptação musculoesquelética ao instrumento
•Iniciação precoce no instrumento
–Bejjani et al.
•Quanto mais jovem, menor é o risco
•Quanto mais jovem, melhor é o prognóstico


BEJJANI F. J.: Musculoskeletal and Neuromuscular Conditions of Instrumental Musicians. Arch Phys Rehabil. 77 (s.n.): 406-413, 1996.

7,8 anos - Iniciação musical
Média = 10,6 ± 4,2 anos
10 anos

Fishbein et al., 1988

PRINCÍPIOS DE TRATAMENTO DE UM MÚSICO

•Atendimento Multidisciplinar
–Médico
–Terapeuta Ocupacional
–Fisioterapeuta
–Psicóloga
–Técnico de instrumento
–Professor de técnica

•Coordenação e conscientização
•ENERGY – EFFICIENT

Reestabelecimento e otimização da produção artística.
Corpo X Técnica de instrumento X Musicalidade

PRINCÍPIOS DE TRATAMENTO DE UM MÚSICO

OVERUSE SYNDROME (Síndrome de uso excessivo)

•Definição
“Condição dolorosa de um segmento do corpo resultante do uso
prolongado e intenso (excessivo) do mesmo.” (Fry, 1986).

47,8% - cordas
26,9% - madeira
18,5% - Teclado
10,6% - Metal
4,2% - Percussão

•Sintomas
–Dor – sensação de rigidez, peso, fraqueza, agulhada
–Fraqueza de musculatura executante
–Perda de agilidade, velocidade e precisão
–Tendência à depressão e ansiedade

OVERUSE SYNDROME (Síndrome de uso excessivo)

I Dor em um local ao tocar o instrumento

II Dor em 2 ou mais locais, dificuldades em tocar tempo prolongado,
pode ter alguma perda de coordenação, discreta alteração na
perfomance, sem interferência nas outras atividades.

III Dor persiste mesmo após tocar o instrumento, começa a ter
discreta interferência nas outras atividades, possível perda de
coordenação ou no tônus muscular, aumento da sensibilidade
local.

IV Dor durante o repouso, dor durante a noite, ou ambos. Dor
durante a maioria das AVDs, mas capacidade é preservada na
medida que a dor é tolerada. Dificuldade em tocar mesmo a
duração normal.

V Idem IV, porém com a perda da capacidade das atividades
manuais.

•Fatores etiológicos
–Tolerância (limiar) e anatomia – genético
•Idade
•Gênero

–Intensidade x duração da atividade física
–Preparo físico
–Técnica


•Fatores desencadeantes
–Tempo de prática instrumental
–Instrumento
–Repertório
–Técnica/ Método


Duração de sessão por dia - Prática

2 sessões de “shadow playing”: 3-5 minutos

2 sessões com instrumento: 3-5 minutos

2 sessões: 5-10 minutos

2 sessões: 15 minutos

2 sessões: 20 minutos

3 sessões: 15 minutos

3 sessões: 20 minutos

4 sessões: 20 minutos

4 seesões: 30 minutos

3 sessões: 45 minutos

3 sessões: 60 minutos

2 sessões: 90 minutos

2 sessões: 120 minutos


Tendinite não? tem cura? Pare de tocar?

Não toque enquanto estiver sentindo a dor?

•Tratamento
–Fase aguda: dor, repouso relativo, mobilização precoce
–Readaptação precoce à prática do instrumento
–Alongamentos, condicionamento, resistência
–Reeducação sensitiva (proprioceptiva)
–Retorno precoce à atividade musical
–Tratamento de sintomas associados (p. ex. distúrbio de sono e
alteração emocional)

•Tratamento
•Avaliação de biomecânica da prática instrumental
•Adequação ergonômica

Retorno à atividade musical (overuse)

•Retorno à atividade musical
–Peça simples e lento (escalas);
–Dobrar o tempo de execução a cada 2 ou 3 dias;
–Voltar o nível anterior se a dor ressurgir
–Aumento gradual do nível de dificuldade do repertório
–Intervalo de 5 minutos a cada 20 minutos de prática

Educação e orientação ao músico

•Reconhecimento precoce – tome o primeiro sinal como uma lesão séria
(não necessariamente deve parar de tocar)
•Aquecimento pré-prática com e sem instrumento (conscientização)
•Alongamento pós-prática


•Maximizar o tempo de prática com boa postura (conscientização)
–Ajuste do assento e estante
–Ajuste do instrumento
–Posições usuais das articulações próximo do neutro
–Evitar hiperflexão, hiperextensão ou torção de membros
–Evitar permanência na mesma posição por tempo prolongado
–Evitar tensões desnecessárias nas musculaturas
–Observar princípios mecânicos (noção de biomecânica e anatomia)

•Treino mental (mental rehearsal)
–Estudo da música sem instrumento

•Feedback visual
–Use meios visuais para ver sua performance (espelho)

Contato:
Yumi Kaneko
Email – yukaneko@terra.com.br
Centro de Reabilitação SESI
V.LEOPOLDINA

Email – reabilitacaoleo@sesisp.org.br

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Tratamento Distonia Focal dos Músicos

Rita de Cássia dos Reis Moura
Fisioterapeuta - Unifesp
Palestra apresentada no I Simpósio Paulista de Saúde do Músico
Realizado na Unesp - outubro de 2011

Etiologia:
perto da quarta década de vida, músicos clássicos solistas (51%),
predomíno no gênero masculino 3:1

Cordas: mms uni ou bilateral das mãos
Sopros: mms perioral ou língua – distonia de embocadura.
Piano (28%), sopros (26%), violão (20%), metais (11%).
Lateralidade: destreza do instrumento – direita dos violonistas e pianistas,
esquerda dos instrumentistas de cordas.

Distonia tratamento demanda esforço para ser direcionado;
Aspectos individuais: psicológicos, circunstâncias profissionais (dificuldade,
tempo, pressão na recuperação para prazos fixados, risco de perda de
posição/prestígio) - decisão terapêutica;
Requer atenção individual;
Expectativa do paciente – recuperação total;
Recuperação depende de inúmeros fatores: tempo de instalação da distonia,
qual atitude tomada imeditamente após percepção de sintomas, disciplina e
adesão ao tratamento;

Tratamento multidisciplinar: médicos, professor de música, fisioterapeuta,
terapeuta ocupacional, psicólogos, fonoaudiólogos, entre outros.
Sintomas
Descontrole dos movimentos durante à execução;
Lentidão nos dedos;
Tensão e rigidez na mão e antebraço;
Debilidade na mão;
Tremor digital;
Dor

Distonia na Embocadura
14% das distonias
Musculatura perioral, língua e face
Sintomas:
O controle da afinação - os sintomas aparecem 83% em região
específica de algumas notas.
Tremor, desvio lateral, protusão de um ou dos dois lábios, elevação
unilateral da comissura labial e protusão mandibular.
Alguns músicos - os mms iniciam músculos da embocadura iniciam a
contração antes da boquilha entrar em contato com os lábios, também
experimentam contrações da musculatura de pescoço movendo sua
cabeça para frente e para trás que deram moviemtnos violentos dos
lábios contra a boquilha com perigo de lesionar os lábios, e a língua fica
praticamente grudada ao palato quando tenta emitir o som etc…

Tratamento
Princípios gerais - combinam buscando obter resultados;
Várias técnicas - buscam cumprir esta finalidade;
Definir linhas de tratamento:
Intervenção farmacológica
Equipe multidisciplinar (fisioterapeuta, neurologista, professores,
psicólogos, etc.)
Re-treinamento pedagógico: orientar e corrigir o aparecimento de
movimentos distônicos e compensatórios.
Início do tratamento precoce: não agravamento da doença, mais
jovens, evitar transtornos psicológicos - são preditores de resultados
favoráveis.

Tratamentos Adjuntos
Desensibilizacão: Repouso, relaxamento e consciência do grau de tensão;
Re-educação sensorial – restabelecimento da aferência
sensório-proprioceptiva e informação cutânea (descriminação sensorial);
Acupuntura: relaxamento e equilíbrio de tensão muscular;
Re-treinamento – reprogramação motora/ controle motor;
Ergonômico – modificação de movimentos e dos instrumentos, se
necessário;
Órteses – splints, luvas - restrição de movimentos indesejados;
Técnicas de relaxamento e consciência corporal: Yoga, Feldenkrais, entre
outras;
Psicológico

Fisioterapia e Terapia Ocupacional
Desensibilizações;
Splints;
Termoterapia
Adaptações: posição no instrumentos;
Estimulações elétricas, biofeedback;
Exercícios: Alongamentos e fortalecimentos;
Re-programação motora;
Ações preventivas.

Prevenção
Não realizar: Prática do instrumento de forma irregular, com períodos de alta
exigência e intensidade;
Desnecessária mudança de instrumento ou técnica;
Grande e novo repertório ao mesmo tempo;
Desvinculada atividade hand-over;
Paradas regulares durante o estudo;
Tempo razoável de estudo;
Utilizar força sem perder flexibilidade do corpo e condicionamento;
Exercícios de aquecimento e gradualmente aumentar a intensidade e
duração no estudo;
Controlar ou minimizar ansiedade e estresse emocional, em momentos de
apresentação.
Tipo de vida, fatores psicosociais e emocionais cuidadosamente abordados,
se necessário.
Fatores Preventivos: Interpretação livre, liberdade de expressão,
improvisação, músicos amadores, tocar sem pressões.
Atletas x Músicos
Própria limitação física;
Condição de seu corpo;
Atenção e prevenção de lesões por super-uso.

Conclusão
Tratamento de baseia em múltiplas estratégias, ainda que não se tem
definido uma forma de terapia específica;
Existem princípios gerais, que se combinam buscando a melhora de
sintomas;
Enfoque interdisciplinar, podendo incluir intervenções famacológicas, técnica
de reprogramação motora, apoio emocional entre outras;
Identificar mecanismos do desenvolvimento de distonia em músicos;
Diálogo entre profissionais da saúde, professores, e músicos no intuito de
implementar o tratamento;
Prevenção primária – bom prognóstico

Expectativa
Que todos nós envolvidos nesse processo
(professores, alunos, músicos profissionais e
profissionais da área de saúde) aprendamos
com nossas experiências e possamos garantir
saúde e longevidade profissional.
E-mail: ritac.moura@uol.com.br

Bibliografia
¨ Arámguiz R, Chana-Cuevas P, Albuquerque D, León M, Distonia focales en
los músicos, Neurologia, 2011 vol 26.
¨ Butler C, Rosenkranz K, Focal hand Dystonia affecting musicians. Part II,
The British Journal of hand therapy, 2006 vol II.
¨ Altenmüller E et col; Behavioral retraining in focal dystonia:nResults of a
long-term follow up in 72 pianists, ISPS, 2011
¨ June T. Spector, Leonie Enders, Eckart Altenmuller, Alexander Schmidt,
Christine Klein, and Hans-Christian Jabusch;
Musician’s dystonia and comorbid anxiety: Two sides of one coin?
¨ André Lee, Mareike Chadde, Floris T. van Vugt, and Eckart Altenmuller;
Phenomenology of dystonic and task-specific tremor in musicians: A
descriptive study.
¨ Clinica Mayo suporte:
http://www.mayoclinic.com/health/dystonia/DS00684/DSECTION=treatment
s%2Dand%2Ddrugs

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Agradecimento


Rita Moura e Gaziela Bortz

Queremos, agradecer ao diretor do Instituto de Artes da Unesp - Marco Pupo Nogueira e as agências fomentadoras - Fundunesp e Capes, aos palestrantes, aos músicos e aos ouvintes, sem participação de todos não conseguiríamos realizá-lo.
Acreditamos que discutir questões de saúde entre os músicos é uma das muitas questões importantes a serem abordadas no âmbito da Universidade.
Atletas têm em sua carreira profissional apoio de diversos especialistas, até mesmo para escolher a modalidade mais adequada ao seu tipo físico.
Músicos são atletas que utilizam pequenos músculos para tocar e grandes músculos para se manter nas posturas adequadas a cada instrumento; a enorme carga de exercícios e treinamentos técnicos dirige-se à melhor performance possível, muitas vezes prejudicando sua condição geral de saúde. Em casos mais graves, interrompe a carreira.
Nosso objetivo é fazer com que mais profissionais, tanto da área de saúde como de música possam se apropriar de forma mais consistente de informações que levem à conscientização sobre as possíveis disfunções, bem como melhorar a abordagem terapêutica e possibilidade de tratamentos preventivo.
Essa preocupação é latente em várias instâncias, apesar de tão poucos dados e pesquisas realizadas a partir de nossa realidade brasileira.
Lembro que este é apenas o primeiro; e que nestes 2 dias a expectativa de abordar os muitos assuntos relacionados ao tema com certeza poderá demandar a realização de outras iniciativas.
A partir de hoje publicaremos os resumos das palestras, bem como os contatos dos expositores. Esperamos que, a partir disso, possamos continuar as discussões, trocar ideias e tirar dúvidas que possam surgir.

sábado, 15 de outubro de 2011

Cronograma


18 de outubro
9h às 9h30  Abertura
Marcos Pupo Nogueira (Diretor do Instituto de Artes da Unesp), Graziela Bortz (Unesp, Organizadora), Rita Moura (Unifesp, Organizadora)
9h30 às 10h15   Conferência 1: Doenças musculares e ergonomia
Yumi Kaneko, Fisiatra (Sesi): Doenças musculares
10h15 às 11h  Conferência 2: Noções básicas de ergonomia aplicada ao músico  
Andrea Olyntho, Terapeuta Ocupacional (Sesi)
11h às 11h30 Coffee Break
11h30 às 12h30  Mesa redonda 1: O músico perante o adoecimento
Valerie Albright (Unesp, moderadora), Emiliano Patarra (Faculdade Santa Marcelina), Yumi Kaneko (Sesi) e Andrea Olyntho (Sesi)
Almoço
14h às 14h45  Conferência 3: Afinar o movimento, educação do corpo no ensino de instrumentos musicais
Flora Vezzá, Fisioterapeuta (Usp)
14h45 às 15h30  Conferência 4: Doenças vocais, perda auditiva e distonia laríngea
Juvenal Moura, Fonoaudiólogo (Unifesp)
15h30 às 16h Coffee Break
16h às 17h  Mesa redonda 2: O ensino da música e as doenças ocupacionais
Márcia Guimarães (Unesp, moderadora), Flora Vezzá (Usp) e Juvenal Moura (Unifesp)
Dia 19 de outubro
9h às 9h45  Conferência 5: Distonia focal em músicos
Patrícia Aguiar, Neurologista (USP – Ribeirão, Unifesp)
9h45 às 10h30  Conferência 6: Tratamentos para distonia focal em músicos
Rita Moura, Fisioterapeuta (Unifesp)
10h30 às 11h15   Conferência 7:  Estresse e síndrome do pânico
Afonso Galvão, Psicólogo (Universidade Católica de Brasília)
11h15 às 12h30   Mesa redonda 3: O estresse no processo de adoecimento
Rita Moura (Unifesp, moderadora), Afonso Galvão (UnB), Patrícia Aguiar (Unifesp)
Almoço
14h às 14h20  Conferência 8: A rebelião do corpo
Paulo Bellinati, Violonista (Pau-Brasil)
14h25 às 14h45 Conferência 9:Transformação e condicionamento
Marcelo Barboza, flautista
Marcelo Barboza, Flautista (Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo) 
14h45 às 15h45  Mesa Redonda 4: A consciência do adoecimento na profissionalização
Graziela Bortz (Unesp, moderadora), Nahim Marun (Pianista, Unesp), Marcus Bonna (Trompista), Paulo Bellinati (Violonista, Pau-Brasil), Marcelo Barboza (flautista, Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo)

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Albergue no Paraíso e Hotel próximo à Unesp

Albergue
Global Hostel
Rua Eça de Queiroz, 560
Vl. Mariana
www.globalhostel.com.br
Skype: globalhostel
Tel. para reserva: 2308-7401/9784-9326
Preços de R$30 a R$40
Oferecem computador e internet grátis e Wi-Fi
A 10 min. do metrô Paraíso

Hotel Holiday Inn Sumaré
Reservas: 0800 77 01 577
Hotel: (55-11) 3674-7777
Hotel Fax: (55-11) 3674-7779
E-mail: atendimento@holidayexsp.com.br
Horário de chegada: 15h00
Horário de saída: 12h00 PM
A 10 min. de carro do Instituto de Artes da Unesp

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Hotéis

Estes 2 hotéis apresentam tarfas mais interssantes, apesar do EZ ficar um pouco longe da Unesp, com o metrô chega-se facilmente a Universidade. Já o de Higienópolis, fica bem perto, porém é necessário pegar metrô também.

Hotel EZ Aclimação: http://www.ezaclimacao.com.br/
Fica no bairro do Paraííso perto da av Paulista, oferece van (translado) até o metrô. Para chegar a Unesp é necessário pegar metrô até a Sé (linha azul), fazer baldeação para linha (linha vermelha) sentido Barra Funda.

Higienópolis hotel e suites: http://higienopolishotel.com.br/tarifario.shtml
Em Higienópolis, perto da estação de metrô Marechal Deodoro sentido barra Funda (2 estações de metrô até a Unesp).

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

endereço Unesp

Instituto de Artes da Unesp - Teatro Maria de Lourdes Sekeff.
Rua Dr Bento Teobaldo Ferraz, 271 01140-070 -
Barra Funda PABX: (11) 3393-8546.
Para quem vem de metrô - Estação Barra Funda: saindo das catracar, virar a esquerda - seguir até o final, descer escadas, do outro ladao da rua - prédio azul.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Ficha de Inscrição


Favor enviar com o comprovante de depósito bancário, as seguintes informações para o e-mail: ritacmoura.moura@gmail.com

Nome completo:
Endereço completo:
Telefone:
Celular:
E-mail:
Instituição:
Categoria:   (  ) estudante     (  ) profissional

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

I Simpósio Paulista Saúde do Músico

Bem vindo ao Blog Saúde do Músico
Queremos convidar a todos para o I Simpósio Paulista da Saúde do Músico
que acontecerá nos dias 18 e 19 de outubro.
Local: Instituto de Artes da Unesp - Teatro Maria de Lourdes Sekeff. 
Rua Dr Bento Teobaldo Ferraz, 271 01140-070 - Barra Funda PABX: (11) 3393-8546.
Graziela Bortz e Rita Moura